Velas de cera de abelha e uma nota sobre tempos de espera

Há poucas coisas tão confortáveis e com tanto significado do que uma vela acesa. Como referi num dos últimos posts, aguardamos em breve a chegada de um bebé. Se até alguns meses atrás o sentimento era sobretudo de entusiasmo pela novidade, os preparativos, o desfrutar da gravidez, agora o maior sentimento é da espera paciente, do receio e da expectativa. É um sentimento que parece precisamente a chama de uma vela que se mantém acesa, a aguardar. Por coincidência ou não, este período coincide com o inverno, um tempo que por si mesmo também nos incentiva a recolher, parar e esperar, agarrados a uma pequena chama na escuridão da estação.

beeswax sheet candle
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Apreciar a luz de uma vela

Há uns anos atrás eu seria a primeira a querer ultrapassar rapidamente estes meses frios e cinzentos. Mas desde há uns dois ou três anos atrás que aprendi a abraçar com entusiasmo o conforto das características desta estação e deixar-me envolver pelos ambientes e crafts que associo ao inverno: a cozinha de inverno, os passeios de nariz frio, os momentos a apanhar o raro sol que espreita por poucas horas, os serões de tricô, as séries e filmes para por em dia, as pilhas de livros para ler, as velas acesas ao anoitecer. Todas estas coisas nos impelem para uma espécie de hibernação com um aroma, uma luz e texturas muito particulares e que parecem captar-se ao longo da história, como nos mostram os filmes, os livros e as histórias dos mais velhos. 

Numa tentativa de honrar este sentimento que parece prolongar-se no tempo, resolvi fazer velas. As mais fáceis, mas também as mais bonitas, que alguma vez experimentei: velas de folhas de cera de abelha.

beeswax sheet candle

Velas de cera de abelha

Para fazer as velas de cera de abelha precisam apenas de:

  • folhas de cera de abelha
  • pavio
  • secador de cabelo
  • beeswax sheet candle
  • beeswax sheet candle
  • beeswax sheet candle
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Em primeiro lugar corta-se a folha de cera de abelha para o tamanho da vela que queremos fazer. Eu usei a largura de uma folha A4 para a altura da minha vela e decidi usar todo o comprimento de uma folha A4 para a espessura da minha vela. Mas quaisquer medidas funcionam. Não recomendo porém fazerem uma vela muito espessa porque correm o perigo de criar o efeito de túnel no qual o interior da vela derrete mas o exterior não o acompanha.

Em segundo lugar corta-se o pavio com cerca de 2cm mais comprimento do que a altura da nossa vela e sobrepomos o pavio sobre uma das extremidades da folha de cera de abelha igual à altura da nossa vela.

Usando o secador de cabelo aquece-se ligeiramente a extremidade da folha de cera de abelha na qual está o pavio até que fique mole ao ponto de se moldar. E começa-se a enrolar a folha de cera de abelha sobre o pavio com atenção para não a partir (podemos aquecê-la um pouco mais para prevenir que parta).

Continua-se o processo de aquecer e enrolar até a folha de cera de abelha se esgotar. Corta-se o pavio a cerca de 1cm na extremidade a acender e rente à cera na extremidade do fundo da vela. E já está: temos a vela com a cor, a luz e o aroma perfeitos para abraçar o último mês de inverno acompanhados de um livro e uma chávena de chá debaixo de um cobertor!

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Chocolates Biscoff para o Natal

Biscoff chocolates

Antes do Natal acabar, queria partilhar convosco uma receita rápida de chocolates Biscoff. Ainda ontem os fiz porque precisava de esperar para os fazer o mais frescos que pudesse antes de os oferecer. Depois de provar estes chocolates Biscoff, pensei que mal podia esperar para os partilhar convosco. É o postal de Natal perfeito, mesmo na véspera de Natal!

Este ano…

Este ano, os meus maiores esforços durante a época natalícia têm sido preparar uma casa feita à mão para o nosso bebé. Por causa disso, não partilhei muitas ideias para presentes de Natal. Contudo pode encontrar aqui muitos posts de Natal. Mas ultimamente tenho-me esforçado por oferecer presentes consumíveis. Um doce ou outro tipo de “goodie” feito à mão é a melhor ideia para isso!

Receita de chocolates Biscoff

Adaptei a minha receita a partir da receita partilhada pela Madeleine, embora não tenha usado chocolate vegan. Se usar chocolate vegan, estes chocolates Biscoff são 100% vegan, uma vez que tanto os biscoitos Biscoff como a pasta são vegan.

Segui todas as instruções na receita original, mas adaptei um pouco os ingredientes e as quantidades. Para a minha receita, utilizei:

– 250g de bolachas Biscoff (é uma quantidade mais fácil uma vez que corresponde a um pacote completo de bolachas Biscoff)

– 200g mais 10-50g de spread Biscoff. Pode ir-se tão longe quanto os 250g de spread, mas acho que a melhor ideia é adicionar os últimos 50g cuidadosamente para ajustar a massa à consistência certa. Descobri que, aqui em Portugal, o melhor resultado é cerca de 220g de Spread no Inverno. No Verão, vou apenas adicionar 200-210g. Isto evita que os chocolates derretam demasiado depois de saírem do frigorífico. O importante é que a massa seja moldável à mão. É esse o ponto!

– 200g de chocolate preto bom. Usei chocolate culinário porque temos uma ou duas boas marcas de chocolate culinário aqui em Portugal. No caso de não encontrar as minhas favoritas, optarei pelo melhor chocolate preto regular que encontrar. Se quiser fazer estes chocolates Biscoff vegan, basta usar chocolate vegan.

A partir daqui segui as instruções da Madeleine e voilà! Os chocolates mais fáceis do mundo que são suaves e picantes. Uma receita muito festiva para experimentar e oferecer.

Espero que tenham o melhor Natal de 2022! Obrigado por continuarem a seguir!

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Tricotar uma camisola em confinamento!

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Era a minha vez de ter uma camisola feita à mão.

Depois de arriscar um tamanho de criança, eu tinha de colocar em prática o que tinha aprendido. Por isso resolvi fazer uma camisola para mim. Fi-la durante os últimos meses de 2020 e foi um motivo de alegria vesti-la nos primeiros meses de 2021. Apesar do ano singular de 2020, 2021 trouxe-nos conhecimento e uma nova perspectiva sobre a vida. 

Materiais e modelo para tricotar à mão

A minha camisola foi feita no modelo Fortune Sweater da PetiteKnit usando fio duplo Silk Mohair da Isager Yarn na cor 00. É leve, não pica e é tão quente que me fez esquecer o frio de um inverno em confinamento.

Como “tricotar uma camisola” em confinamento?

Depois de terminar a minha camisola acho que depositei mais confiança em mim mesma. Talvez seja um reflexo do que tem vindo a acontecer ao longo desta pandemia. É certo que os planos nos saíram furados: uns mais do que outros. Mas há sempre sonhos para perseguir que nos redireccionam e nos mantêm íntegros. É apenas uma questão de abrir horizontes. Somando todos os pontos, caminhamos para concretizar um projeto maior: a nossa “”primeira camisola”.

Aquilo que parecia um desastre em Março de 2020 obrigou-nos a ser resilientes. Obrigou-nos a reordenar e reforçar os conteúdos do nosso dia-a-dia. E, sobretudo, a criar novos sonhos, novos desafios para os quais tivemos de contar connosco próprios e com aqueles de quem não podemos separar-nos. Não é um período para ter saudades. Nada apaga o sofrimento porque tantos de nós passamos. Foi como um terramoto que atingiu todo o mundo. Mas é um período para nos mostrar do que somos capazes. Ultrapassar, descobrir e sobretudo de fazer.

Uma reflexão emotiva sobre a minha camisola


Tirei estas fotografias no primeiro dia que o sol espreitou depois de duas grandes tempestades de inverno. Era como uma nuvem quente no clima agreste, nas ondas geladas e num areal ao qual o lixo marinho não parou de chegar… Era como um reflexo algo cru (que eu preferi assumir nas fotografias) do impacto que temos no mundo e que não faz pausa mesmo em plena pandemia. 

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Camisola de tricô a partir de um modelo gratuito

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O inverno está para ficar: frio e chuvoso! E a minha afilhada não pára de crescer. Ela precisa de roupa, em especial de uma camisola de tricô quente e confortável que a aqueça quando anda a explorar a estação fria.

Por isso resolvi fazer-lhe uma camisola de tricô com o modelo gratuito da Flax Light da The Simple Collection pela Tin Can Knits. É uma camisola com corte básico que faz deste modelo muito versátil. A camisola é tricotada sem costuras desde o colarinho. É bem capaz de ser o projecto perfeito para a nossa primeira camisola em tricô. Para tricotar a camisola usei dois novelos Cool Wool Big Color da  Lana Grassa que trouxe de Delft. Um fio 100% lã merino muito macia, perfeita para crianças. 

Fiz o tamanho 1-2 anos porque acho que é possível prolongar o tempo de uso destes projetos. Temos apenas de ter o cuidado de usar um bom fio e um bom modelo. Optar por um modelo básico que fique bem tanto mais largo como mais justo faz com que a margem de erro seja generosa. Assim é possível adaptar o uso das peças durante mais tempo. Sobretudo numa época em que as crianças crescem a olhos vistos. Eu diria que quase de uma semana para a outra. Assim, com sorte, a camisola vai servir-lhe bem durante esta estação, para a próxima também. E quem sabe mais qualquer coisa! 

O modelo está muito bem desenhado e é muito fácil de seguir. Uma grande vantagem deste modelo é que tem tamanhos que vão desde o bebé até ao adulto. Além disso é um modelo unissexo simples e versátil. Isto significa que facilmente podemos tricotar um “matching set” para toda a família. No mínimo um “matching set” do tipo “mãe e filha” ou “pai e filho”. Basta escolher a lã e as cores que agradem mais a cada um dos membros da família!

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