Aqui usamos pára-vento!
Quem vive no norte de Portugal sabe que precisa de um pára-vento na praia. Aqui pode contar-se com vento forte vindo de norte durante a tarde. A chamada Nortada. Não é uma verdade absoluta para todos os dias. Mas também há dias em que há vento norte o dia todo!
Ora, cá por cima ninguém deixa de ir à praia por causa disso. Vento não é nada que não se resolva com um belo pára-vento. Tem é de ser bonito!
Há uns anos, passei uma semana de férias no Algarve no início de Junho. Por norma, o vento lá não se faz sentir muito forte. Contudo, naquela semana não se via ninguém na praia porque quem chegava era desencorajado por um vento que não é habitual. Felizmente, nós temos o nosso pára-vento sempre a postos na mala do carro. Por isso pudemos fazer praia com toda a comodidade.
Então eu fiz o meu.
Infelizmente cada vez é mais difícil encontrar bons pára-ventos. Os melhores têm espias de madeira mas geralmente vêm em padrões pouco atractivos. Os mais bonitos (que normalmente estão nos supermercados) têm espias de metal desdobráveis que acumulam areia, vergam e enferrujam.
Face às duas possibilidades optei pelos que têm espias de madeira. Mas tive de me contentar com um padrão liso num tecido de fraca qualidade. Infeliz ou felizmente o tecido era tão fraco que acabou por romper no local onde encaixam as espias pelo que ficou inutilizado. Mas as espias de madeira estavam novas e tinham muito potencial… Por isso arregacei as mangas, comprei um pedaço de chita e fiz o meu próprio pára-vento. O tecido é bem mais resistente, bonito. E como é bastante original é muito fácil localizar o meu pára-vento quando os amigos se juntam a nós na praia. Aliás, é essa a estratégia nortenha oficial para encontrar alguém na praia: procurar pelo pára-vento.