Christmas paper medallions

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No primeiro ano em que fiz a árvore de natal em casa não tinha muitos enfeites nem muito tempo para os fazer. Não consegui cair na tentação de comprar 10 caixas de bolinhas de plástico e resolver o problema. Mas consegui fazer umas rosetas de papel que encheram a árvore naquele ano!

Foi a primeira vez que usei o tão conhecido papel de scrapbooking. É um papel com aproximadamente 30×30 cm (12x12in), de gramagem semelhante às cartolinas e quase sempre tem dois padrões: um na frente e outro no verso. Eu escolhi motivos natalícios ou que combinassem com as cores que pretendia.
Há uma infinidade de tutoriais e utilizações para estes papeis espalhados pela internet. Numa pesquisa rápida podemos ver como podem ser muito versáteis para fazer álbuns, caixas, envelopes, por aí fora.
É possível comprar blocos de papel de scrapbooking com 20 ou mais folhas, com padrões temáticos ou que combinam entre si. Mas como não é propriamente um papel barato e eu nunca o tinha usado, achei muito conveniente encontrá-lo à venda avulso para poder experimentar e escolher apenas os padrões que desejava.

Para além do papel de scrapbooking usei um lápis para fazer marcações, régua, X-acto, cola (pode ser cola quente), fita de tecido e um cortador circular com cerca de 4cm de diâmetro.

Cortei tiras de papel com aproximadamente 4cm de largura, usando todo o comprimento do papel. Com a ajuda da régua fiz dobras a cada centímetro em direcções opostas de forma a formar uma espécie de harmónica. Depois colei os extremos tendo o cuidado de os encaixar de forma a que a união não fosse perceptível, achatei para formar a roseta e colei um círculo de papel com um padrão diferente (pode ser o verso do papel que estiverem a usar) de cada lado, para manter a forma. Depois da cola secar bem cortei uma fita com cerca de 15 cm e colei os extremos nas dobras na parte de traz da roseta de forma a poder pendurá-la. Na verdade, no caso de usarem o papel de scrapbooking, a parte de traz também terá um padrão. Se usarem o mesmo papel para várias rosetas podem usar ora um lado ora o outro para a frente.

Confesso que inicialmente achei que as rosetas não iam durar muito tempo. Mas como o objectivo era fazer algo mais temporário não estava muito preocupada. Apesar de algumas já terem ficado estragadas, o papel mostrou ser bastante resistente pelo que ainda hoje tenho várias rosetas na árvore de natal! Elas fazem sempre sucesso e eu adoro oferecer-las a amigos que nos venham visitar!

 

The first year I made the Christmas tree at my own home I did not have too many ornaments or too much time to make them. I could not fall into the temptation of buying 10 boxes of plastic balls and solving the problem. But I managed to make some paper medallions that filled the tree that year!

It was the first time I used the well-known scrapbooking paper. It is a paper with approximately 30×30 cm (12x12in), of similar weight to regular cardboard and usually has two patterns: one in the front and the other in the back. I chose Christmas motifs or motives that matched the colors I wanted.
There are a multitude of tutorials and uses for these papers spread across the internet. In a quick search we can see how they can be used to make albums, boxes, envelopes among other things.
You can buy scrapbooking paper blocks with 20 or more sheets, themed or with matching patterns. But since it is not a cheap paper and I had never used it before, it was very convenient to find it on sale as single pages that allowed me to try it out and choose only the patterns I wanted.

In addition to the scrapbooking paper I used a pencil to make markings, ruler, X-act, glue (can be hot glue), ribbon and a circular cutter with about 4cm in diameter.

I cut paper strips about 4cm wide, using the entire length of the scrapbooking paper. With the help of the ruler I made folds every cm in opposite directions to form a sort of harmonica effect. I then glued the ends together, taking care to fit them so that the union was not noticeable, flattened to form the medallion and pasted a circle of paper with a different pattern (may be the back of the paper) on each side, to keep the shape. After the glue dried I cut a ribbon about 6 inches long and glued the ends into the folds on the back of the medallion so that I could hang it. In fact, if you’re using scrapbooking paper, the back side will also have a pattern so the ribbon position is not that crucial. If you use the same paper for several medallions, you can use one side or the other for the front.

I must confess that initially I thought this medallions were not going to last long. But since the goal was to do something more temporary, I was not too worried and enjoyed the process. However, although some have already been smashed or partially eaten by my cats, the paper proved to be quite resistant so I still have several medallions in my Christmas tree. They always make a huge success and I love to offer them to friends that come to visit us!

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Gratitude advent

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“Em tudo dá graças”.
Paulo (Primeira Epístola aos Tessalonicenses 5:18)

 

Não sou muito adepta dos calendários de advento de chocolate, nem tão pouco daqueles em que se “recebe” um presente diariamente. Prefiro algo em que o objectivo seja a construção do Natal. No ano passado a minha versão do calendário advento passou por ir decorando uns ramos com etiquetas numeradas que se foi decorando à medida que o tempo passava. Este ano, para além de manter a ideia de crescimento, queria acrescentar algum significado ao meu calendário de advento.

 

Por cá não temos hábito de festejar o dia de acção de graças (que, este ano, foi no passado dia 23 de Novembro), algo que ficou mais vulgarizado nos EUA. Contudo, apesar do amor e da felicidade estarem na boca de toda a gente quando se trata de sentimentos, temos de reconhecer que a gratidão é dos sentimentos mais profundos, mais agradáveis, mais calorosos que se pode ter. E normalmente a gratidão também provém de episódios de amor e felicidade! Por isso, este ano, o meu calendário de advento vai caber num pequeno vaso (podem usar um frasco, uma taça ou jarra de vidro) ao qual vou acrescentar penas umas pequenas luzes led a pilhas que (pelas minhas contas) deverão aguentar-se acesas durante todo o período de advento. Ao lado há uma uma série de cartões que decorei e uma ou duas canetas. O objectivo é que, diariamente, nós e também todos aqueles que apareçam cá em casa, escrevamos algo porque estamos gratos para juntar aquele “vaso da gratidão”. Eu espero que este momento diário ou inesperado nos ajude a relativizar um pouco o espirito consumista de que esta época se envolveu. No dia de Natal teremos oportunidade de reler o que escrevemos e verificar que no nosso “sapatinho” há muito mais do que um conjunto de presentes. Haverá um sentimento bom à nossa espera e que é mais duradouro do que a felicidade trazida por qualquer um dos presentes debaixo da árvore. É uma forma postiva (nem tanto optimista) de olhar para a vida e reconhecer que todos temos algo porque sentir gratidão! Não tenho dúvidas de que, esse “presente” nos fará muito felizes!
“In everything give thanks.”
Paul (1 Thessalonians 5:18)

 

I am not a person of chocolate advent calendars, nor those in which you get a every day. I prefer something in which the goal is the preparing Christmas, a “under construction” kind of calendar. Last year my version of the advent calendar were some branches that were decorated as time went on with numbered labels for each day. This year, in addition to this idea of growth, I wanted to add some meaning to my advent calendar.

 

Here in Portugal we usually don’t celebrate Thanksgiving (this year was November 23rd), something that became more popular in the USA. However, although love and happiness are in everyone’s mouth when it comes to feelings, we must recognize that gratitude is one of the deepest, nicest, warmest feelings one can have. And gratitude usually also comes from episodes of love and happiness! So, this year, my advent calendar will fit in a small vase (you can use a jar) to which I will add little led lights that I will keep lighted during the advent time. Beside it is a series of cards that I decorated and one or two pens. The goal is that we, and all those who visit us, write every day about something we are grateful for in a card and add it to the vase of gratitude. I hope that this daily or unexpected moment will help us to mute the consumerist spirit of which this Christmas time was involved. On Christmas Day we will have the opportunity to re-read what we have written and to see that, under our tree, there is much more than a set of gifts. There will be a good feeling waiting for us and that is longer lasting than the happiness brought by any of those presents under the tree. It is a positive (not so optimistic) way of looking at our life and recognizing that we all have something to be grateful for! I have no doubt that this “gift” will make us very happy!
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Autumn mini quilt

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Todos nós começamos por fazer mini quilts. São excelentes projectos de patchwork para principiantes, bons para testar as capacidades, treiná-las, experimentar desenhos e ficam lindos numa mesa de café ou numa consola!
Eu gosto de alterar um pouco a decoração ao longo das estações e introduzir têxteis é uma das melhores formas de dar à casa a sensação de conforto que nenhum móvel, por mais belo que seja, consegue trazer sozinho. Eu tenho um nicho na entrada onde deixamos as chaves, óculos, telefones e outros objectos de uso regular assim que chegamos a casa. E é aqui que costumo dispor os meus mini quilts e apreciar o que já aprendi até agora, as técnicas que desenvolvi, as qualidades que fui adquirindo ao longo do tempo.
Há uns meses atrás descobri uns fat-quarters de tecidos com temas outonais numa das minhas lojas de tecidos favoritas. Pensei imediatamente que dariam um excelente mini quilt para usar no outono no meu nicho de entrada. Mas como isso não era desafio suficiente, resolvi desenhar eu mesma um modelo.

Foi a primeira vez que me aventurei em desenhar um modelo para quilts e, apesar de contemplar um desenho muito simples de folhas de acer, foi uma experiência muito enriquecedora. Eu sempre gostei de geometria, consigo visualizar facilmente no espaço, imaginar o resultado final, percebi que consigo ser muito criativa com as formas e não me assusto com as contas. Usei moldes de papel para fazer as contas às medidas, às margens de costura, etc.

E acabou por resultar num desenho interessante e deu-me ideias para outros mini quilts sazonais! Mas mais do que isso fez-me perceber a forma como eu gosto de usar os padrões, as cores e penso que, mais do que usar geometria complexa, os meus quilts favoritos são aqueles que trabalham a cor. Gostava de conseguir juntar todo o processo e partilhar o modelo de alguma forma, trabalhá-lo melhor e depois vê-lo feito também nas vossas casas com os vossos tecidos e interpretações. Há muitas variações possíveis baseadas nas cores, nas sombras e contrastes!

Não se esqueçam que o blog está a festejar o seu primeiro aniversário e há uma surpresa, pintada por mim, para todos os que subscreverem! Para saberem mais espreitem aqui.

We all started by making mini quilts. They are great patchwork projects for beginners, good for testing new skills, training, trying out designs and in the end they look great on a coffee table or entry table!
I like to change the decoration over the seasons and introducing textiles is one of the best ways to give your home feeling of comfort that no furniture, no mater how beautiful, can bring by itself. I have a niche at my entrance where we leave keys, glasses, telephones and other objects of regular use as soon as we get home. And this is where I usually lay out my mini-quilts and appreciate what I have learned so far, the techniques I have developed, the qualities I have acquired over time.
A few months ago I discovered some autumn-themed fat-quarters in one of my favourite fabric stores. I thought immediately that they would make a great mini quilt to use in the fall in my entry niche. But since this was not enough of a challenge, I decided to design myself a pattern!

It was the first time that I ventured to design a quilt pattern and, despite it illustrates a very simple drawing of acer leaves, it was a very enriching experience. I have always liked geometry, I can easily visualize in space, imagine the final result and I realized that I can be very creative with the shapes and not be scared by measures and math. I used paper cuts instead of fabric to make study the measurements, the seam allowances, etc.

It turned out to be an interesting design and gave me ideas for other seasonal mini-quilts! But more than that, it made me realize how I like to use fabric designs and colours and I think, rather than using complex geometry, my favorite quilts are those that work the colours. I’d like to be able to put the whole process of this pattern design together and share the pattern in some way, work it out better and then see it done by you, with your fabrics and interpretations! There are so many possible variations based on colours, shadows and contrasts!

Do not forget that the blog is celebrating its first anniversary and there is a surprise, painted by me, for everyone who subscribes! To know more click here.

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Book review: Wreath Recipe

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Lembram-se deste livro maravilhoso que partilhei convosco na passada primavera?
É uma verdadeira inspiração para aqueles que querem pegar em meia dúzia de flores e trazer as suas cores, o seu aroma, a sua textura, a sua postura para dentro de casa sem ficarem com a sensação de que não assentam naturalmente numa jarra de cerâmica. Se o Flower Recipe é um dos melhores livros de arranjos florais que eu conheço, então o irmão Wreath Recipe é um verdadeiro inspirador. Este é um livro estupendo que se dedica apenas a coroas de flores e é delicioso.

Como disse neste post no passado natal, por mim, teria sempre uma corora de flores naturais na porta da entrada que convidasse todos a entrar, a serem abençoados pela sua melancolia e trazerem para dentro de casa a calma que elas transmitem. Não é apenas um bem receber, é dispor de um sentimento, de um abraço caloroso de bem-estar que nada transmite melhor do que um pouco de natureza.

Tal como o Flower Recipe, o livro Wreath Recipe esta escrito no sentido dos diferentes níveis de dificuldade e diferentes disponibilidades de materiais. Há coroas complexas, com uma enorme diversidade de flores em elaborados arranjos e posturas. Mas há também coroas simples feitas com apenas algumas folhas e um pouco de arame ou uma fita.
O livro abre com os materiais mais comuns, as estratégias mais básicas mas essenciais para se obter um bom resultados e com a preparação dos materiais para os diferentes objectivos: arranjos ou coroas. Depois vai trabalhando diferentes formatos de arranjos florais: desde o uso exclusivo de pequenos ramos, passando por grinaldas de flores, pequenos arranjos para mesa e as coroas mais elaboradas e detalhadas.
Para além da diversidade de formatos, o livro foca-se em flores e verdes para todas as estações do ano para que possamos olhar para os nossos jardins com olhar crítico e nunca acharmos que “não há nada no jardim que possa ser usado”.
A secção que mais me atrai é, sem dúvida, a que envolve materiais de outono. Não que as cores vibrantes da primavera não me atraiam, pelo contrário! Mas é o auge da mudança que o Outono significa e traduz com as suas folhas coloridas, flores secas, galhos despidos, os cogumelos, as abóboras e rebentos de maça, dióspiro e romã que me faz reflectir. Parece uma espécie de reciclagem, uma apreciação do real valor intemporal das coisas: todas as idades são belas, todas idades têm uma beleza para ser apreciada. E a prova disso é termos um Outono são majestosamente trabalhado. As folhas de acer, de carvalho, as hidrângeas secas pelo verão são verdadeiras pinturas, verdadeiras aguarelas naturais cheias de cores que parecem impossíveis de reproduzir e nos parecem ter sido gentilmente oferecidas pela natureza para nos alimentar os corações!

Não se esqueçam que o blog está a festejar o seu primeiro aniversário e há uma surpresa, pintada por mim, para todos os que subscreverem! Para saberem mais espreitem aqui.

Do you remember this wonderful book I shared with you last spring?
It is a real inspiration for those who want to pick half a dozen flowers and bring their colors, aroma, texture, and posture into their homes without feeling like they do not naturally sit on a ceramic jar. If the Flower Recipe is one of the best floral arrangement books I know, then it’s brother Wreath Recipe is a true inspirer. This is a stunning book that is dedicated only wreaths and is delicious.

As I said in this post last Christmas, I wish I could always have a wreath of natural flowers at my door that invited all who enter to be blessed by their melancholy and to bring into the house the calmness that they transmit. It is not only about hosting well, it is to provide a feeling, a warm embrace of well-being that anything can transmit as nature does.

Like Flower Recipe, the Wreath Recipe book is written regarding different levels of difficulty and different availabilities of materials. There are complex wreaths, with a huge diversity of flowers in elaborate arrangements and postures. But there are also simple wreaths made with only a few leaves and a bit of wire or a ribbon.
The book opens with the most common materials, the most basic strategies but essential for achieving good results, and by preparing materials for different purposes: arrangements or wreath. Then it works on different formats of floral arrangements: from the use of small branches, to flower garlands, small table arrangements and the most elaborate and detailed wreaths.
In addition to the diversity of formats, the book focuses on flowers and greens for all seasons so that we can look at our gardens with a critical eye and never feel that “there is nothing in the garden that can be used.”
The section that most appeals to me is undoubtedly the one that involves fall materials. Not that the vibrant colors of spring did not appeal to me, on the contrary! But it is the height of the change that autumn means and translates with its colourful leaves, dried flowers, naked branches, mushrooms, pumpkins and apple, persimmon and pomegranate shoots that makes me think. It seems a kind of recycling, a continuous appreciation of the real timeless value of things: all ages are beautiful, all ages have a beauty to be enjoyed. And the proof of this is that we have autumns, wonderfully and majestically designed and conceived. The oak and acer leaves, the dried hydrangeas are true paintings, true natural watercolors full of colours that seem impossible to reproduce and that are kindly offered by nature to feed our hearts!

Do not forget that the blog is celebrating its first anniversary and there is a surprise, painted by me, for everyone who subscribes! To know more click here.

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