Book Review: Revista Calm

(scroll for the English version)

Este mês decidi que, em vez de um livro, queria fazer um comentário acerca de uma revista. Ora eu nunca assinei revista nenhuma, nunca fui assídua compradora de revistas de nenhum tipo, nem mesmo as de crafts ou de lavores. Compro apenas esporadicamente, algo como duas ou três por ano, geralmente quando tenho um voo de longa duração e encontro algo interessante no aeroporto!

No entanto, no início deste ano passei num stand de revistas onde costumo encontrar alguns exemplares de edições menos comuns e dei de caras com a revista Calm. Eu já conhecia a versão inglesa e fiquei surpreendida por ver uma edição portuguesa acabadinha de sair. Não resisti em folhear e, surpreendam-se, daí a dois minutos já a tinha comprado. A revista não é uma edição barata pelo que venho apresentar-vos as razões que me levaram a comprar assim, de instinto.

O que me atraiu em primeiro lugar foi o facto de a revista em si ser visualmente atractiva, o que nos leva logo a pegar-lhe: a capa é suave, as ilustrações completamente fora de vulgar e tem aquele aroma a papel de qualidade, com peso e textura. E não me enganei quando, ao abrir a revista, senti um papel texturado, com um design orgânico, leve e algo naive que atrai a versão mais instintiva de nós próprios.
Os temas foram outro grande ponto de interesse. Os temas vão muito na onda do hygge (um conceito que só conheci recentemente mas que aparentemente já tenho tentado colocar em prática nos últimos anos), bem-estar, criatividade, calma, paz, meditação, ioga, viagens, natureza, terapia, equilíbrio, silêncio… Não posso dizer que a revista se dedique a todos estes assuntos em simultâneo mas vai introduzindo esta onda nos diferentes números com maior ou menor profundidade sendo que o principal objectivo é que o conjunto transmita um sentimento de paz, criatividade e felicidade. Os temas acabam sempre por se encaixar em quatro grandes áreas: a casa, que é o nosso refúgio pessoal e portanto deve traduzir a nossa personalidade e fornecer-nos o ambiente em que pretendemos viver; a natureza, que é também a nossa grande casa e que nos dá o conforto a estabilidade de pertencer a uma família com ritmos próprios, uma espécie de tradições, que ao abraçarmos nos torna mais felizes; viagens, porque o mundo é tão diverso como cada um de nós e, tal como com cada um de nós, é possível aprender e preencher-nos com todos os locais sejam eles perto ou longe de casa; e corpo e mente que tanto precisam de ser cuidados e mimados com o melhor que os sentidos têm para nos oferecer.
Foi também a originalidade e diversidade de ilustrações e de projectos para destacar ou simplesmente para colocar em prática que me atraiu. É que para além de fazer sugestões de projectos em diferentes áreas, a Revista Calm vem com alguns destacáveis e autocolantes para serem utilizados em trabalhos criativos com papel.
Apesar de ainda ser uma edição muito recente, a revista tem aberto cada vez mais os braços a designers e artistas portugueses sem contudo deixar de partilhar o melhor do que é feito lá fora, um mundo em mudança que começa a nascer fora e dentro de nós e que nos ajuda a relativizar as tecnologias e a colocá-las no sítio certo: ao nosso serviço.
Por fim é uma revista trimestral que sai, como seria de esperar, no início de cada estação e por isso acaba por não ficar tão caro quanto se podia imaginar!
O mundo está em mudança e com isto parece finalmente haver espaço para edições e revistas de qualidade com temas variados que preencham os nosso corações e anseios tão diferentes!
A verdade é que, para alguém como eu que não tem hábito de se pender a nenhuma edição em particular, apercebi-me que fui, ao longo do tempo, comprando todas as edições disponíveis até hoje. Por essa razão acho que estou pronta para uma assinatura!

Nem todas as papelarias tradicionais estão sensibilizadas ou especializadas para este tipo de revistas de temáticas algo alternativas e com edições em número limitado pelo que não será possível encontrar a revista em qualquer lugar. No entanto, estou certa de que todos nós conhecemos uma ou outra papelaria ou livraria muito especial que terá sempre alguns exemplares ou terá a amabilidade de encomendar a revista só para nós. Além disso é muito fácil assiná-la ou encomendá-la on-line e os portes são gratuitos.

This month I decided that I wanted to comment on a magazine instead of a book. Well, I’ve never signed any magazine, I’ve never been a regular magazine consumer of any kind, not even crafts magazines. I only buy sporadically, something like two or three a year, usually when I have a long flight and find something interesting at the airport!

However, earlier this year I was walking through a magazine stand where I usually find some copies of less common editions and I found the Calm magazine, the Portuguese edition, just coming out. I could not resist to leafing it, and bought it two minutes after. The magazine is not a cheap edition so I’m going to present to you the reasons that led me to buy it by instinct.

What appealed to me in the first place was the fact that the magazine itself is visually appealing, which leads us to pick it up: the cover is soft, the illustrations are completely out of the ordinary and it has that quality paper scent, with weight and texture. And I was not mistaken when, while opening the magazine, I felt a textured paper, with an organic, lightweight design and something naive that attracts the most instinctive version of ourselves.
The themes were another major point of interest. They go very much in the hygge concept (a concept that I only recently knew but that I have tried to put into practice in the last years), well-being, creativity, calmness, peace, meditation, yoga, travel, nature, therapy, balance, silence… I can not say that the magazine engages all these issues simultaneously but introduces them in the different volumes with greater or lesser depth, and the main objective is that it delivers a feeling of peace, creativity and happiness. The themes always end up falling into four main areas: the house, which is our personal refuge and therefore must translate our personality and provide us with the environment in which we intend to live; nature, which is also our ultimate home and which gives us the comfort of belonging to a family with its own rhythms, a kind of traditions, which makes us happier; travel, because the world is as diverse as each one of us and, just like each one of us, it is possible to learn with all the places whether they are near or far from home; and finally body and mind that both need to be cared for and pampered with the best the senses have to offer us.
It was also the originality and diversity of illustrations to detach and projects to put into practice. In addition to making project suggestions in different areas, the Calm Magazine comes with some detachable illustrations, labels or stickers to be used in creative works with paper.
Although it is still a very recent edition in Portugal, the magazine has opened its arms to Portuguese designers and artists, yet it does not fail to share the best of what is done abroad, from a changing world that begins to be born outside and within us and that helps us to relativize the technologies and put them in the right place: at our service.
Finally it is a quarterly magazine that comes out, as you would expect, at the beginning of each season and so, it ends up not getting as expensive as you could imagine!
The world is changing and with it there seems to be some room for quality magazines about varied themes that fill our unique hearts and desires!
The truth is, for someone like me who has no habit of hanging on to any particular publication, I realized that I have, over time, been buying all the issues available to date. That’s why I’m ready for a subscription!

Not all traditional stationery shop is specialized on this type of magazines of alternative thematics or limited number editions which is the reason why it will not be possible to find the magazine in any place. However, I am sure that we all know one or two very special stationery shop or bookstore that will always have a few copies or will be kind enough to order the magazine just for us. It is also very easy to sign it or order it online!

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5 Comments

    1. Sem dúvida! Eu aproveitei a assinatura porque pelo menos uma das revistas fica gratuita. Compensa de facto! Eu achei os temas muito interessantes mas claro, temos de ver como evolui. Além disso, com a internet eu nunca me deixo levar muito, faço as minhas pesquisas, sou selectiva. Mas com uma revista na mão temos tempo para apreciar e descobrir coisas novas.

      1. Verdade, apesar de cada vez mais me custar comprar livros e revistas devido ao papel que se vai acumulando, confesso que esta me deixou balançada. Acho que a qualidade efectivamente aqui faz a diferença 🙂

        1. É verdade! E confesso que os livros são a minha perdição a esse respeito. Contudo tenho-lhes muito valor e cuido-os, leio-os, empresto-os e peço emprestado sempre que possível. No meu caso, a revista é uma excelente fonte de inspiração, para o blog, por exemplo.

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