Handmade pic-nic pillows

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Para uma obcecada por piqueniques como eu, a chegada da primavera traz um nervoso miudinho. Eu fico com uma ansiedade tão voraz em estar no exterior, algures na sombra de uma árvore, naquele silêncio melodioso da natureza, na calma dos seus ritmos!

Por vezes sinto que nós temos um desejo enorme de contornar o inevitável mas, por mais teimosos que sejamos, a natureza não cede nunca aos nossos caprichos, caprichosa é ela de tanto poder. Mas na primavera parece que há um acumular de experiências para fazer que gera alguma ansiedade. E neste caso aplica-se bem o ditado português “Se não podes vence-los, junta-te a eles”. A primavera pede o contacto com a natureza, oferece-nos condições para isso que na volta até é algo que faz de nós mais saudáveis, mais resistentes, menos ansiosos e mais atentos.

Ora, quando o sol fica mais quente e mais alto começam as temporadas dos passeios e dos piqueniques.
Em Portugal um piquenique é um grande acontecimento. Vamos apetrechados de tudo: das mesas, das cadeiras, dos pratos e até do belo do tacho com arroz de feijão e deveras para grelhar na hora. Às vezes chega a ser um autêntico congresso de 20 ou 30 pessoas! E que divertido que é! Mas a verdade é que todos chegamos de rastos a casa, de tanto carregar e depois disso ainda ter uma montanha de tralha e de louça por lavar ou arrumar… Bem… ninguém fica com grande vontade de repetir na semana seguinte.
Mas se formos honestos connosco, qualquer desculpa é boa para passar um bom bocado. Não são necessárias cadeiras nem mesas articuladas! Nem é preciso articular horários e disponibilidades com meio mundo. Nem tão pouco é preciso termos um dia inteiro dedicado a isso… Bastam uma ou duas horas, quem sabe durante a manhã, acompanhados da nossa família, de um amigo ou outro ou então, apenas de nós mesmos. E as exigências só são grandes se quisermos: para mim basta-me levar uma bebida, uma sandes, fruta e talvez uma fatia de bolo e depois é só usufruir de uma boa conversa, de um bom livro ou de um jogo de tabuleiro.

Contudo, há uma ou das coisas que não me podem faltar: uma manta de piquenique e umas almofadas! Tenho de admitir… eu tenho um problema com almofadas… para mim são dos objectos que mais dão conforto! E o modelo das minhas almofadas de piquenique veio directamente do livro “Mãos à Obra” da Constança Cabral, do qual vos falei há uns dias atrás.
O Modelo é muito simples de fazer e acaba por ser também uma espécie de introdução ao patchwork. O modelo faz duas almofadas e aproveita as riscas para criar um padrão visual interessante a partir de um corte de tecido muito fácil de fazer!
Basta cortar dois quadrados pelas duas diagonais, para criar 4 triângulos. Depois trocam-se dois dos triângulos provenientes de um quadrado por dois do outro quadrado para criar um padrão concêntrico e outro excêntrico. Depois é coser para criar novamente um quadrado tendo em atenção à união das riscas. Por fim cose-se a frente e dois rectângulos semi-sobrepostos para o verso e colocam-se os botões. A Constança explica isto bem melhor e com as fotografias do passo-a-passo, mas como podem verificar é um projecto muito simples a partir de um pedaço de tecido com riscas que se encontra facilmente a um preço muito acessível.

For a picnic obsessed like me, spring brings a some nervous feelings! I have such a voracious anxiety to be outside, somewhere under a tree, under that melodious silence of nature, under the calmness of her rhythms!

Sometimes I feel that we have an enormous desire to get around the inevitable, but nature never yields to our whims: she is capricious in all her power! But during spring it seems like there such an accumulation of projects to do that it creates some level of anxiety. We have this saying “If you can not beat them, you must join them”. Spring asks for the contact with the nature, it offers us conditions for that and somehow it is something that makes of us healthier, more resistant, less anxious and more attentive.

Now, when the sun gets hotter and higher, the seasons for hiking and picnics begin!
In Portugal a Pic-Nic is always a huge event! Sometimes it’s to much. We are equipped with everything: from tables, chairs, dishes and even this beautiful pan with bean rice and raw meat to grill in situ. Sometimes it becomes a massive event of 20 or 30 people! And it’s so so fun! But the truth is that we all came home so tired from preparing and carrying everything around and still having a bunch of stuff to wash or clear up… Well… no one wants to repeat it the next weekend!
But if we’re honest with each other, any excuse is good to have a good time. No chairs or tables are required! Nor do you need to coordinate schedules and availability with half the world. Nor do we have to spend an entire day on it … One or two hours are enough, maybe in the morning, with our family, one or two friends or just with ourselves. And the demands are only great if we want to make it that way: I’am happy with just a drink, a sandwich, fruit and maybe a slice of cake and then I just enjoy a good conversation, a good book or a board game with my friends.

However, there are one or two things I can not miss: a picnic blanket and pillows! I have to admit… I have this problem with pillows… for me they are objects of comfort! And the pattern of my picnic pillows came directly from the book “Mãos à Obra” by Constança Cabral. I wrote about it some days ago.
The pattern is very simple to make and ends up being also a smooth introduction to patchwork. The pattern makes two pillows and takes advantage of the stripes to create an interesting visual effect from a very easy fabric cutting method!
Simply cut two squares from the two diagonals to create 4 triangles. Then switch two of the triangles from one square by two from the other square to create a concentric and an eccentric pattern. Then sew the triangles to create a square again paying attention to the stripes unions. Finally, sew the front to two overlapping rectangles to make the back of the pillow and place the buttons. Done! Constança explains it much better than me and with the step-by-step photographs. But as you can see, it’s a very simple project that you can do from a piece of striped fabric that is easily available at a very affordable price.

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2 Comments

  1. Eunice, adorei as almofadas. Também eu sou fanática por almofadas e toalhas de mesa. Muito bonitas e bem feitas. Parabéns!

    1. Olá Ana!! Que boa surpresa ver um comentário teu por aqui! Ainda bem que gostaste, são tão simples de fazer e, com dois padrões diferentes em tecido também ficam bem na sala ou no quarto apesar de perderem o efeito das riscas. 😉 um grande beijinho!

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