Mr. Rye and Spelt Bread

(scroll for the English version)

 

Um dos meus primeiros post no blog foi sobre fazer pão e confesso que é um dos meus posts favoritos até hoje. Não foi um post arbitário, foi consciente, premeditado e explica-vos um pouco melhor as minhas motivações na temática do “fazer à mão” que pretendo para o blog desde o primeiro dia.

 

O pão é o maior contador de histórias de sempre. E, ao longo dos séculos, foi capaz de reunir milhares à sua volta sem que, por vezes, se apercebessem que era nele, por ele e com ele que a nossa própria história se escrevia. O pão é o derradeiro anfitrião, na sua simplicidade discreta e contida sem a qual nenhuma mesa está pronta a receber.

 

Em Portugal não nos podemos queixar: há padarias em cada esquina com pão quente, acabado de fazer, a cada minuto. E com o passar dos anos, é cada vez maior a variedade que podemos encontrar e o número de receitas que podemos experimentar em casa com muito pouco esforço. Que alimento tão versátil, tão cheio de personalidade! O Bloomer do post anterior era um pão pacato e bem disposto. O travo a azeite dava-lhe um caracter rústico, terra a terra que convida a mais uma fatia. Ora, alguns meses desde o início desta aventura renovo os votos de respeito por esta arte milenar de amassar e levedar com mais uma receita de pão para fazerem em casa.

 

Esta é novamente uma experiência com as receitas do livro “Bread” do Paul Hollywood do qual temo querer experimentar tudo!
Este pão foi feito com farinha de centeio e de espelta que é muito mais fácil de digerir do que a farinha de trigo. Contudo é bem mais lenta no levedar pelo que a receita recomenda fazer uma incubação inicial com uma parte dos ingredientes, deixar levedar durante a noite e só depois avançar com a totalidade das farinhas. Isto permite que o fermento actue com maior impacto numa pequena porção de farinha para que exista em maior quantidade e esteja mais activo quando se acrescentam as restantes quantidades.
Tenho sempre algum pudor em transcrever receitas de livros mas podem aceder à receita aqui.

 

Resumindo, o senhor pão de centeio e espelta é aceite por toda a gente!  Não tem feitio fácil: difícil de convencer, desconfiado por natureza não cresce com “duas de letra”, é preciso cuidá-lo, convencê-lo, conquistá-lo numa relação forte e duradoura. Mas depois de lhe roubarmos o coração, faz lembrar um avô, com uma postura algo aristocrata e gostos requintados, mas muito, muito bem disposto!

 

One of my first post on the blog was about making bread and, I confess, is one of my favorite posts until today. It was not an arbitrary post, it was consciously written, premeditated and it explains a little better my motivations about the “handmade” theme that I intended for the blog from the first day.

 

Bread is the greatest storyteller ever! And over the centuries it was able to gather millions of people around itself. And we did not realize that it was in it, through it and with it, that our own history was being written. Bread is the ultimate host, in its discreet and continuous simplicity without which the table is not ready to receive.

 

In Portugal, we should not complain: there are bakeries in every corner with freshly baked bread, every single minute. And over the years, the bread varieties you can find and the number of recipes that can be tried at home with very little effort is increasing everyday. What a versatile food, so full of personality! The bloomer of the previous post was a calm and well-prepared bread. The olive oil gave it the rustic character, earthy taste that invites you to one more slice. Now, a few months after the beginning of this adventure, I renew the vows of respect for this millenary art of kneading and rising with another recipe of bread for you to make at home.

 

This is another recipe from Paul Hollywood’s “Bread” book from which I want to try everything!
This bread was made with rye and spelled flour which is much easier to digest than wheat flour. However, the rising is slower and lazy that the usual. Because of this, it is recommended that you use a part of the ingredients in a first rising overnight before adding the remaining amounts. This allows the yeast to become more active when the rest of the ingredients are added.
I’am not comfortable to copy recipes from books, but you can access the recipe here.
 

 

In short, Mr. rye and spelt bread is a fellow who has his own humor: difficult to convince, distrustful by nature does not grow easily unless you care of it, convince it, conquer it in a strong and lasting relationship. But after you conquer it, it reminds you of this sweet grandfather, with a somewhat aristocratic posture and exquisite tastes, but very, very tender!

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